A esquizofrenia é uma doença mental caracterizada pela distorção do pensamento e percepção, que geralmente se traduz em ideias delirantes, alucinações, discursos e comportamento alterados. Uma vez que as alucinações e os delírios nas crianças, normalmente, são menos elaborados do que nos adultos, como ver pessoas, deve-se tentar entender se realmente são alucinações ou apenas brincadeiras.
Geralmente, esta doença surge entre os 10 e os 45 anos, sendo muito rara na infância. Apesar de existirem alguns relatos da doença com idade inferior a 5 anos, estes casos são muito raros, sendo que os sintomas se tornam mais evidentes durante a fase da adolescência.
A esquizofrenia começa normalmente por um estádio pré-psicótico, em que surgem sintomas negativos da doença, como isolamento social, comportamentos disruptivos, deterioração na higiene pessoal, explosões de raiva ou perda de interesse na escola ou trabalho, por exemplo. Quando a doença surge antes dos 12 anos de idade, está fortemente associada a problemas de comportamento e o prognóstico é pior. Isso porque têm maior probabilidade de perderem funções normais e desenvolverem distúrbios emocionais, alterações intelectuais e de linguagem.
Sintomas característicos na infância
Quando a esquizofrenia surge antes dos 12 anos de idade, a criança começa a apresentar problemas de comportamento. Geralmente, mostra resistência em se adaptar à sociedade, isola-se, assume comportamentos estranhos e, em alguns casos, manifesta-se também um atraso no desenvolvimento neuropsicomotor. Além do déficit cognitivo, observa-se também déficit na atenção e no aprendizado e abstração.
À medida que a criança vai crescendo e entrando na idade adulta, podem surgir outros sintomas característicos da doença, que são subdivididos em positivos e negativos. Os sintomas positivos são aqueles que estão presentes de forma mais visível nas fases de descompensação aguda da doença e os sintomas negativos são aqueles que resultam da própria evolução da esquizofrenia, dos efeitos da medicação antipsicótica e secundários aos próprios sintomas positivos.
Conheça mais sobre a esquizofrenia.
Como é o tratamento
A esquizofrenia não tem cura e, geralmente, o tratamento é realizado com o objetivo de reduzir os sintomas e promover a qualidade de vida da criança. Geralmente, são prescritos antipsicóticos, no entanto, existem poucos estudos desses remédios na infância.
O haloperidol é um medicamento já utilizado há vários anos, e continua a ser uma boa escolha para o tratamento das psicoses em crianças. Além disso, a risperidona e a olanzapina também tem sido utilizada no tratamento das psicoses infantis, com a obtenção de bons resultados.